terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mundo Novo

____________________________meu poema não carrega verdades
____________________________é o registro de um sentir que dura
__________________________________________por segundos,
_____________________________________________ou por anos.
____________________________se não for escrito,
______________________________________se dissipa no vento.


vens de um mundo novo
trazes contigo o que sentes
em diversos balões
que voam atrás de ti quando caminhas
leves grandes pequeninos
densos imensos
ligeiros

______eles contém coincidências prazeirosas
______levezas do futuro
______olhos novos
____________para os meus já um pouco gastos

______aqueles que ainda nada contém
______carregam o valor da possibilidade
______vazios necessários
____________aos novos desejos do porvir

______não importa de que tamanho sejam
______cheios ou ainda vazios
______me mostras os conteúdos
____________quando abres a palma da tua mão

quando nos acompanhamos
sinto encontrar algo que perdi
em algum lugar que nunca estive
mas que é refletido na superfície brilhante
desses balões


__________________houve um abraço
____________que abriu portas e janelas
____________disse
____________o que não se diz

____________eu que me sinto um pouco clandestino
__________________nesse mundo novo
____________me emociono
__________________por sentir em páginas e conversas
__________________um mundo tão próximo
__________________em um tempo tão distante.

A aula

A professora fazia a chamada na sala de aula quando percebeu que um terço da turma não se encontrava. Ficou curiosa, especialmente porque metade desta turma estava indo mal na sua matéria e a prova final do semestre aconteceria em três dias. Primeiro pensou na possibilidade de seus alunos estarem estudando em casa e por isso aquele vazio, aquele silêncio, depois lembrou que não seria cabível tal comportamento visto que a aula era de revisão, eles haviam pedido a aula, pensou que poderia ser um plano para não perder conteúno, se ofendeu. Atormentada pela curiosidade inventou de repente uma atividade de sala e disse que estava com dor de cabeça, precisava tomar remédio. Chegou na secretaria, pediu água e um comprimido, ficou esperando até que a secretária saísse para conseguir o número de alguns alunos que não estavam na sala. Ligou para sete números e obteve a mesma resposta "'Fulano' está no colégio, ainda são 8 horas, quem gostaria?". Sua curiosidade aumentou, aumentou e explodiu quando notou que seu aluno preferido fazia parte desses alunos de paradeiro desconhecido. Aconteceu a prova, dois feriados seguidos, e dias depois a sala estava como de costume: completa, nenhuma cadeira vazia. Ainda consumida pela curiosidade, não sabia se a sala estava completa de fato, sentia um vazio, passou uma atividade, queria que os alunos divagassem abertamente sobre "o que fariam em uma manhã se não pudessem ser descobertos". Os alunos falaram de coisas banais, exceto um rapaz que compartilhou suas fantasias sexuais, entretanto ela nem ouviu, afinal ele estava naquela aula de revisão. No fim da aula ela nada sabia, assim como nunca soube, e os alunos continuaram indo para as suas aulas como se nada houvesse acontecido, cada um (dos 'desaparecidos') com uma falta na caderneta.

sábado, 26 de setembro de 2009

E a pior parte é

Era para ser uma festa. Talvez seja um exagero, era apenas um lançamento de um livro, a palavra apropriada seria um coquetel. Mesmo assim, alegria poderia ser uma palavra comum às duas, ou pelo menos deveria ser dessa maneira.

Um encontro, coquetel, festinha ou qualquer coisa assim. As pessoas precisavam de alguma distração para não passar o tempo apenas olhando para o chão ou para alguma outra pessoa sem nada para dizer além de "olá", "tudo bem". Bem distante de um "Happy Hour", ou qualquer coisa "happy" com certeza. A autora era um pequeno barril de orgulho ferido, mas recusava-se a acreditar nisso. Era uma elegante e "hype" autora de um "best-seller".

Ela circulava pelo pequeno salão procurando pessoas para comprar seu livro fadado ao fracasso. As pessoas ali não poderiam apenas comer, certo? Oras, ela estava dando comida e bebida boa (porém escassa), logo, esses comilões deveriam comprar seu livro! Afinal, era o lançamento e havia um preço promocional (com uma diferença pífia).

Havia uma bonita e gentil senhora vendendo os livros (tentando e aceitava até Hipercard!), um rápido garçom servindo, um senhor tocando guitarra, cantando em um microfone abafado e um simpático fotógrafo distribuindo flashes por lugares estranhos. As pessoas estavam tímidas com as fotos, envergonhadas de correr atrás do garçom, cansadas de ouvir algo que soava como a mesma música e irritadas por terem que interagir com todo aquele povo chato.

Sou o sobrinho da gentil senhora que vende os livros. Estou afundando aqui nesta cadeira plástica e dura (escorregando, porque qualquer coisa que afundasse provocaria, no mínimo uma rachadura neste material desconfortável).

E a pior parte é que essa grande autora tem esperança mesmo de vender seus livros até a última pessoa ir embora. Ela deveria desistir disso, eu serei um dos últimos e com certeza não comprarei esse fiasco.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

a moça

A cabeça voava durante o seminário, era um congresso chato e qualquer pensamento jurídico profanado era sentido como mais uma facada. Todas as outras pessoas, a priori, pareciam compenetradas, inclusive ela parecia compenetrada, doce superficialidade. Resolveu, sem se dar conta, não sentir mais dor, já era concursada e não estava ali por conhecimento, pura formalidade. Com o passar do tempo passou a observar os demais ouvintes. O rapaz que estava diagonalmente à sua frente-direita tateava um anel dourado que parecia uma aliança, ora na mão direita, ora na mão esquerda, minutos depois suspirou e colocou no bolso do paletó, fixando por fim os olhos no palestrante da noite. Uma moça negra, loira, que estava à sua esquerda passava batom a cada cinco minutos, mal sabia ela que sua boca estava ficando maior que suas ancas, riu.

A moça começava a ficar com dor de cabeça, então uma gota de suor começou a se formar na sua testa, o ar condicionado fora desligado, a gota de suor começou a deslizar e quando se encontrou de frente com a dor de cabeça começou a rasgar sua face, conseguiu imaginar uma cicatriz. Respirou fundo, criou coragem, levantou-se e foi ao banheiro. Observou no relógio que já era uma hora, se sentiu ainda mais cansada, a palestra havia começado às vinte e duas horas. Lavou o rosto, tirou parte da maquiagem, e na saída se esbarrou no rapaz do anel, se desculpou e o beijou. Ela sabia que teria beijado qualquer outro rapaz, estava cansada demais, mas mesmo assim achou que o beijou para afrontar o anel que julgara ser uma aliança, sua mente mesmo exausta lhe pregava peças, fruto de uma infância cristã (católica). Durante o beijo pensou em duas únicas coisas: a aliança e o banheiro vazio. Não havia sentido o fim do beijo quando ouviu em sussuros "vou casar essa semana". Ela não ouviu, ou fingiu não ouvir, deu mais um beijo, o olhou nos olhos, e mais um beijo. Sua mente palpitava em dor, resolveu ir embora, e foi. Chegou em casa tarde, ninguém a esperava, foi para a banheira e viu o dia amanhecer preguiçoso pela sua janela ao som de Melody Gardot.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Encontro

Oi!

Eu... hã... sim...
não... não era...
era... bem... não foi...
o que foi... enfim...

tentou ver
tentou dizer
tentou ouvir
eu ainda estou aqui
e você não sabe.

Foi tudo mentira, a vida não me levou para longe. Nada morreu. Temos tempo. Não posso levar você agora e tenho que ir. Acho que sinto.

Muito.

Vem! Tire-me daqui.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

cansaço

um vento cansado ainda sopra meus cabelos já sujos
meu olhos sem esperança me assistem no espelho
pedindo por uma resposta que eu nunca chega

_____________ (houve um tempo em que abriu-se no meu peito um rio
_____________ profundo, de altas encostas,
_____________ no seu leito águas fortes e profundas)

ainda não sei o que mataste
mas do lado de cá existe metade vivo
carrego o luto de um morto-vivo

_____________ (numa noite as águas sumiram
_____________ não foi de seca nem foi aos poucos
_____________ foram de assalto subtraídas)


o que ainda vivo amor, preciso enterrá-lo vivo
porque viver na metade da ausência
é pior que morrer: é corroer o mundo aos poucos

_____________ (hoje o que sobrou desse rio
_____________ é traço vermelho que marca minha pele
_____________ cicatriz dessas águas impossíveis)



nem mesmo ter gasto todas as minhas palavras foi suficiente pra apagar alguns pensamentos que me visitam já tarde. Dividir esse sentir pode aliviar meu peito que ás vezes se aperta.

sábado, 19 de setembro de 2009

deixa disso...

Sim, saí com ela no final de semana passado, mas e daí? Estávamos apenas estudando para a prova! Desde o início do semestre que estamos estudando juntos todo fim de semana. Eu havia contado isso para você, lembra? Mas você acreditou? Não! Preferiu ficar dando ouvidos a qualquer não-sei-quemzinho por aí!

Você sabia... quer dizer, claro que sabia! Você lembrou que ela tem um namorado? Ou melhor, tinha? Não, né? Porque logo depois desse escândalo todo eles terminaram! E o seu namorado, lembrou que tinha um? Também não, né?! Que bom!

Sabe quanto tempo eu esperei pelo fim desse namoro dela? Eu já nem lembro, mas quando comecei a namorar com você eu já tinha desistido de atrapalhar a vida dos dois. Resolvi tentar alguma coisa com você, nada sério, apenas para passar o tempo e fazer um ciúmes mas... não deu muito certo.

Pode ser meio decepcionante não conseguir nem ser um passatempo eficiente, mas pelo menos conseguiu fazer o que eu venho tentando há tanto tempo. Não tenho dúvidas de que você é uma pessoa incrível e mesmo relutando... eu tenho que agradecer por esse tempo que ficamos juntos. Realmente, Deus escreve certo por linhas tortas.

Não vê? Apesar de todo esse espetáculo armado, eu não estou triste com você! E muito menos com raiva! Na verdade, controlo-me para não dar pulos de alegria por conseguir uma nova chance e ao mesmo tempo livrar-me de nós! Foi a melhor coisa que alguém poderia ter feito por mim. Muito, muito obrigado mesmo!

Amor... deixa o que os outros falam para lá! Não está vendo o quanto você consegue me fazer feliz? Agora... larga essa arma no chão e vai para casa descansar... tudo que você precisa é de uma boa noite de sono. Eu também estou precisando dormir, mas, antes vou passar na casa dela para consolá-la.

Vamos fazer o seguinte? Deixa essa arma aqui, certo? Aí eu levo você em casa e no caminho de volta eu passo na casa dela. Amanhã sem falta, logo cedo, eu ligo e conto como foi lá. Se já estivermos namorando eu garanto que você será a primeira a saber!

Ah não... você não vai tentar me matar agora... vai?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Passeio

Sábado de manhã, finalmente não teria aula, resolveu ir ao MAM (Museu de Arte Moderna) para espairecer, sentir o sol, a pele queimar, ver finalmente a exposição de Sophie Calle. Planejou o dia, como era de se esperar, como fazia todo sábado. Saiu de ônibus, não queria conhecer ninguém, seria um dia seu, aquelas coisas bobas que as pessoas inventam sem razão alguma e que geralmente no fim das contas chegam a conclusão de que fora uma "burrice".

No ônibus, vazio, típico de uma manhã de sábado, se sentia confortável, afinal era a primeira passageira, mas ao longo do percurso começou a encher, enchimento esse que nunca se completou. Viu um ser de cores entrando e desde então não pensava mais em si mesma, perdera os planos, chegaram juntas ao MAM, depois de tentativas frustradas de disfarçar olhares. Era quase uma hora da tarde e o sol sambava em suas peles, suor para lavar não-se-sabe-o-que, o museu só abriria às duas, acontecera algum imprevisto, e a exposição não seria a planejada, havia olhado a data errado, se atrapalhou, só restava improvisar.

_Oi, boa tarde, você sabe o que tem aqui hoje?
_Boa tarde. Vai acontecer uma exposição de fotografias de dança.
_Obrigada. Você sabe se essa exposição é boa? nunca ouvi falar dessa fotógrafa.
_Não sei te dar essas informações. Só sei que ela era dançarina, anda de ônibus e costuma ficar no sol por sempre chegar antes do horário.
_Então você é a Cristina Mendonça?
_Sim, e você? tem nome?
_Mariana, prazer.
_Prazer. Quer tomar um sorvete enquanto não são duas horas?
_Aceito.

Conversaram por longas horas, antes, durante e depois da exposição. Acabaram bêbadas às 5 da manhã em um boteco desconhecido, depois cada uma foi para sua casa e desde então Mariana planeja seus dias rezando para dar tudo errado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

descanse.

Respire no meu colo
no meu mundo o que procuras
teus dedos nos fios dos meus cabelos
emaranhados.

Mordo um pedaço da tua vida
só pra sentir o gosto
e depois te devolvo
um bocado a mais misturado
com a minha.

Te dou como um presente
este pedaço teu
contamindado de mim.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não, não? (B - 2)

Talvez eu não tivesse coragem para começar a correr se pensasse na vergonha que eu deveria estar passando. Se qualquer coisa racional estivesse em minha cabeça funcionando como âncora, eu certamente não estaria correndo. O problema é que eu só conseguia pensar em você, até mesmo antes de perceber que você estava realmente na minha frente. Durante alguns segundos fiquei na dúvida se eu estava sonhando ou vivendo.

Eu estava correndo muito, mas não era o suficiente. Havia uma distância considerável entre nós e meus saltos não ajudavam muito. Por que está fugindo assim? E como corre... parece um desesperado! Rídiculo! Que raiva! Todos do shopping devem estar olhando para ele agora, com certeza! O que quer? Chamar atenção? Se a maioria das pessoas não estivesse olhando para a louca de salto alto correndo... quem sabe?

Já não vejo mais tão claramente a sua figura escorregadia. Ela continua em minha mente, mas nem suas sombras consigo ver mais. Minha cabeça parece dar voltas e meu corpo sente o cansaço dessas voltas materializadas em uma corrida sem sentido. Cansada, frustrada e com muita raiva! Quem ele pensa que é para brincar assim com meus limites entre sonhos e realidade? O que quer fazer comigo?

Por que eu não consigo parar de pensar em você? Até quando estou falando comigo, acho que você está me ouvindo, mas nunca responde! Decida-se! Não pode continuar sendo um sonho tão real, ou uma realidade tão fantástica. Deixe-me alcançar você e saber o seu nome. Afinal, eu tenho o direito de conhecer a minha fantasia, certo? Ou, eu poderia dar-lhe qualquer nome, mesmo. Assim, eu teria algum controle, acho. Posses e domínios começam com nomes, não?

Ele não pode ter esse poder em mim. Ele é apenas uma fantasia que eu quero desmistificar. Claro, tem algo de real, ele existe. Isso me deixa assustada... e ansiosa! Essa bagunça entre sonho e realidade está acabando com a minha sanidade mental. Acho que tudo não deve passar de um pesadelo. E eu devo acabar com ele, o mais rápido possível!

Eu não posso. Eu não quero. Estou adorando essa tortura!

Leia também Não, não? (B-1)

sábado, 5 de setembro de 2009

Beirut Band

Enganou-se quem achou que apenas Beirut apresentaria-se na 16ª edição do Perc Pan (em Salvador). Algumas atrações desconhecidas, claro, mas, além de Beirut, alguns "bands" foram responsáveis pelo sucesso da noite.
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A começar pelo "band" vândalo que não contente em apenas levantar, teve que subir também nas poltronas do teatro, onde aconteceu o show e nas caixas de som. O "band" louco que ignorou o tamanho do palco e subiu para conseguir levar algum pedacinho do Zach (vocalista do Beirut) também foi sensação! Bom, as primeiras trinta pessoas poderiam até cantar junto com ele... mas, elas não pareciam muito interessadas em cantar nada. Em parceria com o "band" louco estava o "band" ladrão que, muito esperto, notou logo que não conseguiria levar o Zach para casa, e muito menos um pedaço dele. Decidiu então levar um microfone. Poderia ser mais útil para sua "band", não?
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O baterista, sortudo, foi o único que nem sofreu assédio. Ouvi comentários de alguém do "band" histérica que a Beirut era toda boa, exceto o baterista, devido a problemas com seu maxilar, acho. Outra integrante desse "band" disse que o "sanfonêro" não era gatinho, mas... ela pegava! A pequena senhorita ao lado disse que pegava fácil e todo! Ela era do "band" biscate, se não me engano.
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Não sei o que aconteceu com o Beirut, não encontrei nenhum deles por lá. Tinha um "band" muito louco parecido que apresentou-se lá. Um "band" bêbado tentando tocar alguma coisa entre algum fraco português que enrolou a platéia, uma dificuldade na voz para cantar e alguns constrangimentos durante todo o show.
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Para fanáticos: não-sei-quem falou que o show de Beirut em Salvador não foi bom. E não que a banda não é boa, ou que não gosta do trabalho deles. Não-sei-quem foi apenas para vê-los e infelizmente viu esse "band"coisa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Não, não? (Testemunhas - 1)

Droga! Por que o Ricardo não atende essa merda de celular? O que eu tô fazendo aqui? Ai, que raiva! Eu devia ter saído com a Bete! Ela vai me matar se souber que eu deixei de sair com ela para encontrar com o Ricardo... e o canalha nem sinal de vida dá!

Pelo menos não estou sozinha aqui... aquelas duas biscates tentando arrumar cortesia para entrar na festa... quatro caras gordinhos, parecendo fazendeiros e achando que vão pegar a festa inteira... ugh... espero que nem tentem encostar em mim!

Eu só não consegui entender aqueles dois que estava aqui até poucos minutos atrás. Bem estranhos...

Quando cheguei, ele já estava aqui esperando alguém. Ela apareceu com vários amigos, mas parece que tiveram algum problema para entrar. Eram estrangeiros, acho, não tinham carteira de identidade e, sinceramente, algumas ali deviam ser bem novinhas... 18 seria a idade máxima! Ela estava nesse grupo das novinhas, usava uma calça jeans verde, ridícula e uma blusinha branca com aparência de velha.

Ele estava neutro e silencioso. Quando ela falou com ele foi bastante estranho. Ela parecia estar meio inquieta, exaltada e ele sempre calmo. Acho que isso estava deixando-a mais irritada... não entendi muito bem... ela chega atrasada, parece brigar com o menino, também aparentemente novinho, e os dois, de repente, ficam parados. Depois ela entra na festa com os amigos e ele continua imóvel, parecendo ainda mais neutro. Passa um tempinho e uma outra garota chega, eles conversam um pouco e vão embora sem entrar na festa! Nada faz sentido! Que gente esquisita...

Ai, Ricardo... onde é que você tá...