quinta-feira, 24 de junho de 2010

longe

É em toda a distância que te encontro. Deveria sim estar acostumado a estar tão longe de ti, de teu verde. Mas tem costume que não se acostuma, ocorre todo dia e sempre parece estranho e novo. Tento, então, vencer quilômetros e mais quilômetros, a cada metro.
As noites passam em preto, nem uma estrela é capaz de me mostrar um tom de azul, os postes amarelessem as ruas, as fachadas, minha pele. Tua rua parece mais deserta, mesmo quando finjo que tu não mora ali, mesmo quando mora em outro planeta, planeta luz.
Com o tempo as coisas mudam, a saudade cresce, perco a esperança de te abraçar após a janta destes dias sem cor. Planejo alegrias contadas durante os próximos sóis, aprendi a fingir felicidade, é até engraçado. Mas quando acordo e leio a esperança de te ver verbalizada, é amor, festa, devoção.

3 comentários:

  1. Que texto bonito, Bam! Há muito sentimento nele, penso que várias pessoas se identificariam - e tirariam suas próprias interpretações. Gostei muito.

    ResponderExcluir
  2. lindo texto . parabéns .

    ResponderExcluir