quinta-feira, 11 de março de 2010

quase-uma-fábula (sim, fábula)

Um dia, sem chuva e sem sol, ela chegou para o menino sardento e disse que o amava,


desde então aprendeu a amá-lo, porque queria cuidar dele, queria fazer dele sua cria, queria carregá-lo dentro de si para sua proteção, mesmo sabendo que



não o amava. Amor era muito, e ela sabia que não podia sentir aquilo tão cedo, mas queria amar, então resolveu projetar o sentimento gigante. Ele, sorridente,

disse que namoraria com ela, aceitaria. Ele tinha ouvido falar sobre amor, mas sabia que ainda não sabia o que era, então



a amou em palavras, repetia frases de filme e as vezes entregava poemas dos mais diversos temas, não sabia de que livro deveria copiá-los. Sabia



brincar de amar, como quem brinca de se esconder, se escondendo dela a cada encontro. Com sorte, fazia ela rir dos poemas mais diversos, não sabiam o que era o amor, e descobririam mais tarde que ninguém sabe,



descobririam que o amor não existe, porque apenas existe, e ele é pouco: gigante.



Um outro dia de chuva e sol se encontraram, ele não disse nada porque tinha tomado consciência de que o amor acaba. Ela, rubra, sabia da separação dos pais de sua cria e o abraçou, dizendo baixinho: "o nosso é amor, o nosso é sim".



Sabe-se que ela não sabia o que era amor, ela mesmo sabia, sim, mas além de saber disso sabia também que não queria seu menino chorando em um ombro qualquer.

3 comentários:

  1. Ah, as pessoas podiam fazer isso.
    tentar amar os que as amam. no final
    sempre acaba amando. as pessoas podem falar que nao, mas acaba sim, se o desejo for sincero. amor sera certeza.

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  2. é o msm que dizer, vc n quer mas n quer ver oq é seu com outro. hahaha
    muito fofo.

    eu gosto de sarda. =B eu acho tao charmoso

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