segunda-feira, 17 de maio de 2010

memory, interrupted


Mas onde está você?

Para onde levariam minha sanidade?

Qual o sentido de desejar aquilo que não se pode ter?
Por que amar aquilo que não existe?
Se fosse possível obter uma resposta, diria-me que o real é ilusório ou que a ilusão pode ser realidade?
Perder-se num mar de dúvidas ou devastar-se em certezas ébrias?

As efígies do azul, as cores do escarlate, a taça quebrada, o vinho derramado. Será tudo esboço de uma vida ausente, de alguém que perdeu-se no tempo, ou mera peça de um quebra-cabeças tão mais profundo, fruto de minh'alma, de desejo mórbido e imprudente?

Responda, responda.

egami

4 comentários:

  1. Realidade imaginária...Imaginário Real.

    As vezes acho que não nos damos contas das verdadeiras pessoas que desenham a linha entre estas duas concepções.

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  2. "Se você for minha estrela. Eu serei seu céu. Eu vivo para você brilhar.

    Mas você pode ir de foguete pra longe de mim.
    E nunca voltar, se você achar outra galáxia
    apenas deixe-me sua poeira para me lembrar de você.

    Se você for meu barco. Eu serei seu mar,
    Uma profundidade de puro azul apenas para a curiosidade investigar. Esvaziando e escoando e empurrado pela brisa. Eu vivo para fazer você livre

    Mas você pode velejar para o oeste se quiser. E ir além do horizonte até que eu não possa ver você. Longe daqui onde as praias são extensas.
    Apenas deixe seu rastro para me lembrar de você"

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  3. Como disse Lacan: nossos sonhos devem ser irreais, porque a partir do ponto que conquistamos já procuramos novos, muitas vezes não dando ao valor ao conquistado.

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  4. Eu aprecio os textos que trazem em questão a insanidade e os que apresentam perguntas, porque uma delas pode ser a que o leitor anda pensando há dias...

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