Quando eu pedi para que parassem, eu queria dizer "parem". Mas ninguém realmente se importa com o significado daquilo que você quer dizer, até que faça algum sentido perante aquilo que desejam ouvir. E eu não me sinto melhor sabendo que quase todas as coisas funcionam assim. É como num grande mercado de favores trocados. Mas por que trocar tudo o que há em mim por uma página em branco? Onde eu errei para que me obrigassem a refazer todas as linhas? Quando fechei os olhos e observei a multidão partir, senti que deveria partir junto com ela. Senti que o meu lugar não era entre as folhas secas – criaturas mortas –, meu lugar deveria ser no meio da tinta negra (ainda úmida). Eu ouvi o chamado, para além da janela, voando... E agora eu quero dizer "voando". Eles deveriam ter entendido o jogo de palavras, deveriam! Pois é tarde demais para que eu diga "não" ao corvo, my old friend, e tarde demais para que eu possa explicar o "parem" outra vez.
- Para além, para além do véu?
- Você ainda vai continuar o mesmo.
"A questão não é reescrever tudo,
mas recontar tudo através de novos olhos."
"Pois é tarde demais para que eu diga "não" ao corvo"
ResponderExcluirOk, essa linha foi perfeita.
Denys por aqui. *-* Thank you.
ResponderExcluirquantas mortes já não aconteceram sob essa mesma perspectiva...
ResponderExcluiradorei o texto.
òtimo!
ResponderExcluirAmeiii...demaiss..
ResponderExcluirPor que me lembra o Sirius? Por que sempre tem algo a mais nos seus textos? Deve ser isso que me faz tão apaixonada pelo que você escreve. Diferente, sempre.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigada. :) Eu tento não pensar demais na hora de escrever para cá, afinal, não sei quem falou. Tudo tem um conteúdo deveras não consciente, e admiti-lo seria um crime ou uma redenção?
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