terça-feira, 15 de novembro de 2011

Até...

Não conseguia mais suportar o meu coração debatendo-se entre meus pulmões e deixando-me com dificuldades para respirar. Minhas mãos nervosas escondidas dentro dos bolsos segurando minhas pernas que tremiam e apenas caminhavam enquanto as palavras saíam sem muitos filtros, mas puxadas pela linha da coerência de uma primeira conversa entre novos conhecidos.

eu já estava acompanhado
e, curiosa ironia
ser a minha companhia
quem me entrega tal fardo
já sabia, não devia
ah, como eu queria
e não deveríamos ter parado

As palavras fluíram junto com os passos. Paramos, ficamos muito próximos... isso não ia dar certo... ou iria, só que de uma maneira errada. Ou apenas de um jeito que eu não consegui pensar, pois minha cabeça já estava explodindo com os agudos das guitarras distorcidas e meu peito já estava no mesmo ritmo daquela bateria com pedal duplo. E eu preciso encontrar com... ah... umas... não! Uma, ela está sozinha. Com uma amiga minha que está só e... hum... eu acabei esquecendo... e ela está do lado de lá... porque... por quê? Ela foi comprar alguma coisa para comer e estava na fila e eu saí... e... agora estou em outra fila... e preciso ir... e... eu volto. Até logo!

assim não foi bem o que eu quis
o outro lugar era apenas a distância
qualquer coisa para acalmar minha ânsia
e livrar-me da culpa do que não fiz
até breve, logo, mais, sem esperança
quem sabe não acontece alguma mudança?
e eu volto a te ver, feliz



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