pois um dia a maria
que não tinha regalia
me pediu para não rimar
e sem motivo de repente depois do sol e depois da lua
era eclipse
era poste vela lampião
eram pedidos de perdição em plena luz artificial
vieram em letras de máquina de escrever
cravadas em pele papel aço
muitas marcas em confusão de má datilografia
o papel fundo de uma fita que não possuía mais tinta
um apalpou a polpa
pegou o papel e alisou-o
colocou no bolso
e se perdeu
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Que lindo!
ResponderExcluirLembro de quando comecei a escrever, preocupado com a técnica, mas deixando a coisa fluir... Como na fala mesmo... Sempre dou uma olhada nas coisas de Cappello, agora parei para comentar o seu pelo quê de surpresa que eu acho que os textos pequenos, principalmente na internet, tem de ter!
ResponderExcluirAgora, esquece o tom professoral (é porque ainda acredito nos blogs em época de Twitter) mas achei simples e bonito! Vou ler mais coisas suas!
Abraços, Luigi