Um dia, sem chuva e sem sol, ela chegou para o menino sardento e disse que o amava,
desde então aprendeu a amá-lo, porque queria cuidar dele, queria fazer dele sua cria, queria carregá-lo dentro de si para sua proteção, mesmo sabendo que
não o amava. Amor era muito, e ela sabia que não podia sentir aquilo tão cedo, mas queria amar, então resolveu projetar o sentimento gigante. Ele, sorridente,
disse que namoraria com ela, aceitaria. Ele já tinha ouvido falar sobre amor, mas sabia que ainda não sabia o que era, então
a amou em palavras, repetia frases de filme e as vezes entregava poemas dos mais diversos temas, não sabia de que livro deveria copiá-los. Sabia
brincar de amar, como quem brinca de se esconder, se escondendo dela a cada encontro. Com sorte, fazia ela rir dos poemas mais diversos, não sabiam o que era o amor, e descobririam mais tarde que ninguém sabe,
descobririam que o amor não existe, porque apenas existe, e ele é pouco: gigante.
Um outro dia de chuva e sol se encontraram, ele não disse nada porque tinha tomado consciência de que o amor acaba. Ela, rubra, sabia da separação dos pais de sua cria e o abraçou, dizendo baixinho: "o nosso é amor, o nosso é sim".
Sabe-se que ela não sabia o que era amor, ela mesmo sabia, sim, mas além de saber disso sabia também que não queria seu menino chorando em um ombro qualquer.
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Ah, as pessoas podiam fazer isso.
ResponderExcluirtentar amar os que as amam. no final
sempre acaba amando. as pessoas podem falar que nao, mas acaba sim, se o desejo for sincero. amor sera certeza.
o final deste é ótimo. gostei muito!
ResponderExcluiré o msm que dizer, vc n quer mas n quer ver oq é seu com outro. hahaha
ResponderExcluirmuito fofo.
eu gosto de sarda. =B eu acho tao charmoso